quinta-feira, agosto 19

"EuLírico!"

Eu estava lembrando como foi que "eu" fiz minha escolha profissional.
(Ao ler você vai descobrir o porque das aspas!)

Túnel do tempo

2005 - 3° ano - sala de aula do motiva centro - época de inscrição do vestibular - conversa com colegas:

Eu: Eu ainda não sei pra que curso vou me inscrever no vestibular...

C1: De que que tu gosta?

Eu: Ah...sei lá...eu queria um curso que mexesse com música, teatro, cinema... sei lá... queria também que no meu trabalho eu pudesse lidar diretamente com pessoas... eu gosto muito de me comunicar, sabe? Tinha vontade de fazer cinema, mas não tem aqui!

C2: Faz arte e mídia, pow...tem tudo isso que você descreveu! Pega o manual da UFCG e dá uma olhada...

(após fuçar o manual da UFCG)

Eu: Caramba! Arte e mídia é tudo que eu queria reunido num curso só!! Muito massa mesmo! Minha cara! Agora, e a UEPB? Que curso combinaria com arte e mídia?

C1: Comunicação Social! É tua cara!

(após ler o manual da UEPB)

Eu: Vou me inscrever pra comunicação!

Assim, tentei vestibular para estes dois cursos mas, não consegui entrar para UFCG. Entrei no curso de comunicação pensando em tentar mais uma vez entrar para UFCG e conciliar os dois cursos, mas não foi assim que Deus quis.

Esquecendo a frustração de não conseguir passar para o curso que eu mais me identificava comecei a me dedicar à comunicação, e foi aí que me encontrei. Entrei no curso sem sequer saber como era o trabalho de um assessor de comunicação e hoje acho este trabalho a minha cara. Coincidência ou destino? Deixo o misticismo para lá e acredito que era assim que tinha que acontecer.

Hoje me sinto preparada para o mercado de trabalho através do curso que para mim seria secundário. Hoje, planejo fazer especializações na área que eu achava que não queria para mim. Hoje, diferente daquela menina verde que entrou na faculdade sem saber exatamente o que queria da vida sem planos e objetivos sólidos, que queria na realidade liberdade e respeito dentro de casa, sabe exatamente onde quer chegar e como vai fazê-lo, independente do que os outros pensem.

Lembro demais de minha fase fútil, no período 3° ano - fera/bola Tudo que eu queria era sair pra festas, conhecer gente nova, aparecer e mostrar a minha mãe que eu não era mais uma criança, sempre com a mesma afirmação quando ela queria me negar algo "Ah, mãe...antes, você não me deixava fazer isto ou aquilo porque eu tinha que estudar pro vestibular. E agora? Sou maior de idade, sei o que quero da vida, sou responsável e estou na faculdade. Qual o seu argumento agora?" kkkkkkkkk... eu achava que sabia o que estava fazendo e não sabia! Mas, mesmo assim parece que acertei em cheio, hein!

Naquela época eu só estudava o que eu queria, não ligava se os professores davam aula ou não, aliás, eu quase não comparecia às aulas, mesmo estando na universidade. Arranjei um namoradinho e assim, nós dois perdíamos aula para namorar. Que futuro! Mesmo assim, sempre procurava passar por média - acho que mais para dar uma satisfação as pessoas ao meu redor.(e assim fiz)

Até a 6ª série, nunca havia ficado em recuperação, e foi aí que pulei das Damas pro Motiva. Ao chegar no motiva, os professores e coordenadora esperavam muito de mim, mas foi aí que veio minha primeira recuperação. Eu não era estudiosa, porém responsável. Prestava atenção e fazia minhas atividades. Quer dizer, isto antes do motiva. Lá, eu preferia brincar e estudar para as recuperações.

8ª série, primeira final. E daí em diante, recuperação, final, conselho de classe.. Me perdi no mundo de futilidades; apenas me preocupava com minha 'vida social', como se isso fosse o mais importante que me fazer profissionalmente... Apesar de ter um ensino fundamental bem feito, sinto muito por não ter feito um ensino médio também bom. Algumas vezes vejo que tem certos conhecimentos básicos que deveria dominar e, infelizmente, não domino. Mas não acho que seja tarde para aprender. Nunca é!

Parece-me que continuei a levar a mesma vida de estudante medíocre no primeiro ano de curso: cumpria minhas obrigações, mas tudo de última hora. Quando podia, sempre enrolava o professor pra ganhar um prazo maior. A não ser que o assunto atiçasse meu interesse... Aí eu realmente fazia tudo com gosto e no capricho! Ainda bem que comecei a mudar a partir do segundo ano e agora sou completamente diferente, em todos os aspectos.

Apesar de tudo, sempre fui muito ativa, dinâmica, e procurei logo a prática. Dia-a-dia me apaixonava mais pelo curso e fortalecia meu desejo de continuar na profissão. Minha filosofia profissional, é: se vai se propor a fazer algo, faça bem feito! Acredito que só se consegue fazer algo legal quando há prazer no que se está fazendo. Este é meu conselho. Não adianta escolher algo só porque conhece vários casos de sucesso, e porque não conhece ninguém pobre nesta profissão porque um bom profissional, não fica desempregado! Não vou ser pretenciosa e me auto-elogiar, mas sou bem segura do que construí ao longo desta caminhada que está para acabar, e sei que não vou morrer frustrada! Talves não enriqueça, mas desempregada eu sei que não fico!

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